sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Nota sobre o caso de racismo no Colégio Jardim Cumbica

“...Desde os modestos e tímidos alicerces, até as fortalecidas colunas que hoje sustentam o ideário educacional e formativo deste colégio, o comprometimento com a verdadeira educação está e sempre estará presente.”

Quem acessa o site do Colégio Jardim Cumbica lê a frase acima, entre outras referências a sua história. Hoje, ao não permitir que o Lucas – aluno negro cujo cabelo reafirma sua negritude – fosse matriculado, o colégio demonstra que esse ideário educacional e formativo, não está à venda para todos. Demonstra também que suas colunas são sustentadas pelo preconceito, discriminação e segregação.
- Lucas, seu cabelo esbarra e incomoda todos aqueles, reacionários e racistas que ainda dominam nossa sociedade e, pior, que se propõem educar as futuras gerações!
O Sinpro Guarulhos repudia a “verdadeira educação que o colégio afirma promover, pois, assim como outros que fazem da educação uma mercadoria, sabemos que ela acontece para poucos e a custa de muita exploração do trabalho dos professores, professoras e funcionários.
Com esta nota, o Sinpro Guarulhos também pretende reforçar seu repúdio a todo e qualquer tipo de discriminação, como por exemplo, a que ocorreu recentemente quando a FIFA vetou a participação de dois artistas negros no sorteio dos jogos da copa do mundo.
Que essas e tantas outras manifestações sirvam para lembrar o legado da luta de Nelson Mandela, e venham fortalecer e reafirmar nossos sonhos e lutas por um mundo livre do preconceito, da discriminação racial e social e, consequentemente, de classe.

“Não ligo que me olhem da cabeça aos pés porque nunca farão minha cabeça e nunca chegarão aos meus pés.”

Bob Marley

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