sexta-feira, 29 de abril de 2011

APAE Guarulhos: Professoras e Professores decidem pela GREVE.


Depois de frustradas todas as tentativas de negociação com os representantes da APAE de Guarulhos, as professoras e professores, reunidos em assembleia, decidiram por unanimidade paralisar suas atividades até segunda-feira (02/05/2011), na expectativa de que os representantes da instituição apresentem propostas que atendam às suas reivindicações. Nessa data será realizada nova assembleia a fim de decidir os rumos do movimento.Desde agosto de 2010, o Sinpro, atendendo as denúncias dos trabalhadores, tem procurado insistentemente dialogar com os representantes da APAE. Nesse período foram realizadas três reuniões na sede do Sinpro e uma Mesa Redonda na Gerência Regional do Trabalho em Guarulhos.Todos esses encontros, sobretudo a Mesa Redonda, foram pautados por questões relativas ao descumprimento da Convenção Coletiva de Trabalho, entre elas, atraso no reajuste dos salários (2010), não pagamento de hora atividade, não pagamento de horas extras nem abono especial, não fornecimento de cestas básicas.A cada reunião novo compromisso por parte da instituição em apresentar proposta de regularização das pendências trabalhistas. Entretanto, diferentemente de propostas, apresentavam “explicações” na tentativa de justificar os motivos que levavam a entidade ao descumprimento da CCT.
Uma das “explicações” que vale a pena reproduzir diz respeito ao pagamento de hora atividade. A Srª Geni, presidente da APAE- Guarulhos garante, em documento por ela assinado, que o pagamento de hora atividade é desnecessário, pois nessa escola não se prepara aulas. Lamentável que a presidente de uma Escola de Educação Especial entenda tão pouco de questões inerentes ao processo educativo, como é o caso da importância de uma aula bem preparada.
Além dessa, outra “explicação” também documentada e desta vez assinada pela Procuradoria Jurídica da Federação das APAES do Estado de São Paulo traz mais um argumento descabido para justificar o descumprimento da CCT. Tal argumento refere-se à representação dos professores. A Federação, demonstrando desconhecimento das atividades desenvolvidas pela APAE – Guarulhos, afirma que sua atividade preponderante não é educação e, portanto os professores, ainda que constituindo categoria diferenciada, não são representados pelo Sinpro. Ora, se educação não é atividade preponderante na APAE Guarulhos, como explicar que entre aproximadamente 50 funcionários, 26 sejam professores e auxiliares? Como explicar ainda, a freqüência diária de 340 alunos?
As professoras e professores da APAE, em greve, aguardam respostas objetivas não apenas para essas questões, mas também para aquelas que os levaram a paralisar suas atividades. Enquanto as respostas não chegam a GREVE CONTINUA!

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