segunda-feira, 14 de março de 2011

As pendências da UnG e as ações do SINPRO

Recebemos recentemente a denúncia de que a UnG novamente deixou de fazer os depósitos de Fundo de Garantia. Ao apurarmos os fatos, constatamos que desde setembro de 2010 os depósitos não vêm sendo feitos. Já convocamos os representantes da mantenedora para apresentarem uma proposta ou o comprovante de regularização. Em reunião realizada na sede do Sinpro, Dra. Carla, representante legal da mantenedora, informou que até o final do mês corrente será regularizada a situação do FGTS.

É de nosso conhecimento também que atrasos de um ou dois dias têm ocorrido no pagamento de salários. Ao serem indagados, os responsáveis dizem que "está tudo em ordem", que "foi algum problema com o sistema". Os professores, porém, não podem alegar que houve problema com o sistema no dia em que vencem suas contas de gás, luz, água, telefone, etc... e não podem pagar pelo "problema no sistema", que é de inteira responsabilidade da universidade. Que os atrasos não mais ocorram ou que sejam compensados com o devido pagamento de multa prevista em Convenção Coletiva de Trabalho.

O recolhimento e o não pagamento do INSS é outro ponto que o SINPRO vem acompanhando com preocupação. Professores em vias de se aposentarem já nos procuraram com esse tipo de queixa: lacunas no repasse do dinheiro recolhido ao INSS. É aconselhável que todos os professores procurem saber se sua situação é regular junto à Previdência.

Acima de qualquer índice de inflação, o estacionamento destinado aos professores sofreu um reajuste superior a 30%. O SINPRO, em sucessivos diálogos travados com a UnG, reafirma sua posição contrária à cobrança deste tributo dentro das dependências da universidade. Tal atitude implica, segundo nosso entendimento, em devolução de salário. O aumento abusivo aliado às péssimas condições de fluxo de saída dos veículos retratam bem o descaso que a UnG tem pelas condições dignas de trabalho de seus professores.

No caso do campus Centro, existe um estacionamento dentro da UnG destinado aos alunos, que possibilita acesso direto à Av. Tiradentes. Por que não disponibilizar esse estacionamento para o uso de professores e, desta forma, oferecer uma opção de saída a mais para os docentes? Com boa vontade, soluções podem ser encontradas.

A falta de compromisso com a qualidade e com o que foi formalmente tratado atinge, igualmente, a professores e alunos:
- Turmas da manhã foram unidas a turmas do noturno;
- O campus Jabaquara foi fechado quando ainda havia alunos com seus cursos incompletos, deixando à mingua estudantes e professores;
- Professores que assinaram o Termo de Atribuição de Aulas em dezembro voltaram do recesso e foram surpreendidos com a extinção de turmas e, em decorrência disso, viram-se obrigados a assinar novos Termos de Atribuição com a redução do seu número de aulas no mês de janeiro ou mesmo às vésperas do início das aulas, em fevereiro;
- Professores que fazem orientação de projetos de iniciação científica permanecem sem remuneração pelo trabalho executado;
- Com o argumento de fazerem "disciplinas afins", turmas de diferentes cursos são unidas em salas super lotadas com aproximadamente 140 alunos, causando grande desconforto - e o pagamento da hora-aula aos professores continua sendo equivalente a uma só turma (um total desrespeito às condições de trabalho e estudo!);

O SINPRO apoia também a solicitação de professores que moram em outras cidades e que precisam voltar na manhã do dia seguinte à universidade, para que tenham um lugar onde possam pernoitar ou que, pelo menos, recebam alguma ajuda para tal.

O EaD é uma preocupação urgente: nas universidades que adotam essa modalidade há uma tendência crescente de precarização nas relações de trabalho, expressa, sobretudo, por meio do número de alunos atendidos e da baixa remuneração.

Nosso sindicato vem marcando forte presença na luta por condições dignas e justas de trabalho para todos os professores da rede particular de ensino. O episódio mais recente e emblemático foi o vitorioso movimento de greve na FIG. Após sucessivos atrasos de salários (inclusive do 13º) e o não cumprimento de acordos firmados junto aos professores e ao SINPRO, a UniFIG viu-se obrigada, por ordem judicial, a saldar suas dívidas e a reintegrar professores demitidos de seus quadros após o início do movimento, que contou com expressiva participação dos professores e apoio dos estudantes, mesmo durante o período de greve.

E é com a mesma integridade e empenho que o SINPRO se coloca ao lado dos professores da UnG na luta por seus direitos.

SINDICATO É PRA LUTAR!

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